Ativismo,  Sustentabilidade

Debate: O desenvolvimento sustentável no pós-pandemia

No âmbito do Movimento Faz pelo Planeta by Electrão estão a realizar-se seis debates, nomeadamente, sobre o tema “O Desenvolvimento Sustentável no Pós-Pandemia”, uma discussão que juntou Ricardo Furtado, Diretor-Geral da Electrão, Luís Araújo, presidente do Turismo de Portugal, Filipe Duarte Santos, presidente do CNADS, Susana Viseu, presidente da Associação Business as Nature, e Joana Guerra Tadeu, uma das Big Changers do movimento. O debate foi moderado por Joana Petiz, diretora do Dinheiro Vivo.

Apesar da redução de emissões em 2020, fruto da crise sanitária, os especialistas alertaram para a importância de manter a trajetória positiva durante a recuperação económica. O esforço para impulsionar a transição verde deve, por isso, ser distribuído de forma equitativa por todos os agentes envolvidos – Estado, empresas e consumidores. Ao poder político exige-se “mais ação” e coerência na regulamentação. Às empresas, os especialistas entregam a responsabilidade de repensar o sistema produtivo, mas também o papel de consciencialização e educação da população. Aos consumidores pede-se mais ativismo nas escolhas e na pressão que exercem sobre o Estado e os empresários.

“Quando optamos entre um produto biológico ou um de produção massiva, o sustentável é mais caro”, lamenta Susana Viseu, pedindo que a realidade seja invertida e que se favoreça, através do IVA, as opções verdes. Porém, a ativista Joana Guerra Tadeu considera que a responsabilidade não deve recair sobre o consumidor, já que o poder de compra e, consequentemente, de escolha não é igual entre todos. “Se depender do voto com a carteira não me parece democrático, porque nem todos podemos votar”, sublinha.

 Se é verdade que Portugal, em 2020, registou números positivos na recolha de resíduos recicláveis e reduziu o desperdício alimentar nas famílias, Joana Guerra Tadeu diz ter “uma visão muito pessimista” sobre a manutenção desta realidade em período de retoma económica. Um dos principais argumentos desta ativista ambiental a tempo inteiro, como se apresenta, prende-se com a data em que o país, todos os anos, esgota os recursos naturais da Terra – em 2020, foi a 22 de agosto, mas este ano esse dia chegou mais cedo, a 13 de maio. “É uma diferença gigante e ainda sem recuperação económica“, alerta.

Assiste ao debate aqui:

O Movimento Faz pelo Planeta by Electrão é um programa de mobilização que quer inspirar os diferentes setores da sociedade a tornarem-se agentes de mudança, participando no movimento global pela defesa do planeta, através da:

  • Redução do consumo;
  • Reutilização e reparação de materiais;
  • Separação e reciclagem de resíduos.

Candidata um Big Changer desconhecido até dia 31 de agosto para o Electrão distinguir alguém que, através das suas ações e hábitos, contribui ativamente para o desenvolvimento sustentável.

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