#greenwashingwatch

É verdade que o “verde” está na moda, que o “consumo consciente” é uma tendência de mercado e que a “sustentabilidade” está na ordem do dia, mas isso está longe de querer dizer que estamos todos no caminho certo.

Não acredito que as pessoas sejam más – se não tivesse esperança na humanidade não seria ativista – mas acredito que o sistema capitalista, patriarcal, racista e heteronormativo a que o Global Norte está preso para funcionar como sempre funcionou está desenhado para que a maioria das pessoas pretiram os seus valores e nem tenham tempo para dar conta disso.

Assim, aqueles que mais beneficiam do sistema – as maiores empresas, os que nos governam, os mais ricos e poderosos -, por muito que estejam interessados no verde, no consciente e no sustentável e reconheçam a sua necessidade urgente, estão viciados no jogo e, a jogada que lhes garante uma vitória a curto-prazo é alterar, antes de qualquer outra coisa mais palpável e consequente, a comunicação.

O greenwashing é uma técnica de marketing e relações públicas em que uma empresa, organização, partido político ou indivíduo, recorre à comunicação para levar o público a acreditar que os seus projetos são tão ambientalmente responsáveis quanto possível, ou mais ecológicos que os da concorrência, ou que têm como valor central a sustentabilidade em todo o seu espectro económico, social e ambiental – aliás, em muitas empresas, o departamento de Sustentabilidade e/ou Responsabilidade Social responde, hierarquicamente, ao departamento de Comunicação. Porque será?!

Porque é difícil distinguir clickbait de um esforço real de mudança, e porque é muito fácil parecer bem sem tentar fazer melhor, decidi criar uma rubrica em que desvendo casos de greenwashing explicando, tim-tim por tim-tim, porque os considero greenwashing e que pecados são cometidos de entre os sete que apresento nas imagens:

Análises

Brevemente. Envia-me campanhas que gostavas que analisasse para ola@ambientalistaimperfeita.com