Chá das Cinco,  Segunda Chávena

Verónica Paiva, @bio_vo

Pedi à Verónica Paiva para nos ajudar a perceber o que é, afinal, cosmética “natural”. A má notícia é que “natural” não passa de um adjetivo, de uma qualidade totalmente subjetiva que as marcas podem atribuir aos seus produtos por uma questão de marketing. A boa notícia é que há maneira de percebermos quão seguros, saudáveis e responsáveis os produtos são através da confirmação do registo das marcas junto da Infarmed e das certificações que detêm.

Vale a pena e tem impacto mas, para consumir de forma realmente informada é preciso fazer muito trabalho de casa. É uma pena, esta conclusão, mas não é novidade: o consumo consciente é elitista, reservado a gente com privilégios como tempo, saúde, dinheiro, educação e acesso a informação. Marcas como a @bio_vo e pessoas como a Verónica tentam acelerar a democratização destes temas e destas (ainda) alternativas.

Às vezes, é fácil perceber se a marca está legal ou não pelas alegações que faz. Por exemplo, não posso dizer que um produto é para o acne, o acne é uma doença e os cosméticos não tratam doenças. Os cosméticos servem para corrigir imperfeições na pele, lavar a pele, limpar, perfumar… mas nunca tratar.

– Verónica Paiva

Verónica Paiva é formada em Biologia e frequentadora assídua das formações sobre segurança, saúde e legislação para a cosmética na Faculdade de Farmácia. Na sua marca BioVó todos os produtos são produzidos de forma artesanal, apenas com ingredientes de origem natural e vegetal. Para além disso, todos os produtos são cruelty free e vegan.

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