Notícias Magazine
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Wishcycling e outros mitos da reciclagem
Depois de “eles juntam tudo no camião ” – mentira, há camiões com dois compartimentos que permitem recolher dois fluxos de resíduos aos mesmo tempo para poupar tempo, combustível e emissões – a insistência em lavar embalagens que vão ser lavadas assim que chegam à estação de tratamento de resíduos é a que me faz revirar mais os olhos. Além da lavagem ser desnecessária, Portugal está seriamente vulnerável à escassez de água, por isso, gastá-la a lavar lixo é pouco ético e pouco inteligente para a carteira.
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Os primeiros passos para ajudar o Planeta
A única forma de não se perder no medo de não se implementarem as soluções a tempo, na culpa pela sua própria pegada ambiental e na frustração com os líderes que continuam a não fazer o suficiente, é juntar-se a coletivos que, não só sirvam de rede de apoio, mas sobretudo que amplifiquem a sua voz e impacto, agindo coletivamente para influenciar agentes políticos e económicos: junte-se ao Climáximo para lutar por uma transição justa, ao GEOTA para contribuir para a reflorestação, à Sciena para cuidar do oceano ou à ASPEA para trabalhar em educação ambiental.
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A propaganda ardilosa por detrás da sustentabilidade
O “verde” está na moda, o “consumo consciente” é uma tendência de mercado e a “sustentabilidade” está na ordem do dia. Ora, aqueles que mais beneficiam do sistema tal como ele é – as maiores empresas, os que nos governam, os mais ricos e poderosos -, por muito que reconheçam a necessidade urgente de uma transição ecológica, estão viciados no jogo que os colocou na mó de cima. E a jogada que lhes garante vitórias a curto-prazo é alterar, antes de qualquer outra coisa mais palpável e consequente, a comunicação.
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Protetores solares: filtros químicos, minerais e a sinalética não regulada
Nenhum. A ciência não provou que a forma como utilizamos os filtros solares químicos é prejudicial para os corais ou os ecossistemas aquáticos nem consegue garantir que a troca por filtros minerais crie menos toxicidade ecológica.
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Vamos falar de sacos e do impacto destes no Planeta
Reciclados, compostáveis, reutilizáveis, quais os sacos mais sustentáveis? João Antunes, pergunta recebida por email Depende. Para uma avaliação do impacto de um saco consideramos três variáveis: a produção, o tempo de vida e do descarte.
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A realidade por detrás das lavagens de louça longas
Programas “ECO” nas máquinas de lavar: Tanto tempo! Quanta poupança? Frederica Alves, pergunta recebida por email Não faltam factos contraintuitivos na sustentabilidade: as inundações podem ser causadas por períodos de seca severa e prolongada, o plástico pode ser o melhor material para produzir alguns produtos, as pradarias marinhas capturam mais carbono da atmosfera do que as florestas terrestres, acesso a mais informação nem sempre faz as pessoas preocuparem-se mais com o futuro do Planeta.
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Recipientes de takeaway: recicláveis ou não?
Embalagens de comida takeaway com gordura: plástico, alumínio, papel… recicláveis ou não? Leonor Guerreiro, pergunta recebida por email Depois de “como acabamos com o sistema que destrói o Planeta e torna as pessoas miseráveis?” não há pergunta que surja mais vezes na minha caixa de mensagens. Insólito: as respostas a ambas são quase igualmente complexas.