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Wishcycling e outros mitos da reciclagem
Depois de “eles juntam tudo no camião ” – mentira, há camiões com dois compartimentos que permitem recolher dois fluxos de resíduos aos mesmo tempo para poupar tempo, combustível e emissões – a insistência em lavar embalagens que vão ser lavadas assim que chegam à estação de tratamento de resíduos é a que me faz revirar mais os olhos. Além da lavagem ser desnecessária, Portugal está seriamente vulnerável à escassez de água, por isso, gastá-la a lavar lixo é pouco ético e pouco inteligente para a carteira.
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Notícias Magazine | A luta contra o desperdício é (sobretudo) feminina. Porquê?
Ana Milhazes (fundadora do Lixo Zero Portugal), Marta Cerqueira (do site Peggada), Joana Guerra Tadeu (a ambientalista imperfeita), Eunice Maia (a Maria Granel), Susana Fonseca (da direção da Zero) são caras e vozes na linha da frente do consumo consciente. A balança está desequilibrada. Há mais mulheres e poucos homens envolvidos nas temáticas ambientais. É a cultura? É o patriarcado? Pela primeira vez, Portugal tem um dia dedicado à sustentabilidade. É um sinal?
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Os primeiros passos para ajudar o Planeta
A única forma de não se perder no medo de não se implementarem as soluções a tempo, na culpa pela sua própria pegada ambiental e na frustração com os líderes que continuam a não fazer o suficiente, é juntar-se a coletivos que, não só sirvam de rede de apoio, mas sobretudo que amplifiquem a sua voz e impacto, agindo coletivamente para influenciar agentes políticos e económicos: junte-se ao Climáximo para lutar por uma transição justa, ao GEOTA para contribuir para a reflorestação, à Sciena para cuidar do oceano ou à ASPEA para trabalhar em educação ambiental.
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A propaganda ardilosa por detrás da sustentabilidade
O “verde” está na moda, o “consumo consciente” é uma tendência de mercado e a “sustentabilidade” está na ordem do dia. Ora, aqueles que mais beneficiam do sistema tal como ele é – as maiores empresas, os que nos governam, os mais ricos e poderosos -, por muito que reconheçam a necessidade urgente de uma transição ecológica, estão viciados no jogo que os colocou na mó de cima. E a jogada que lhes garante vitórias a curto-prazo é alterar, antes de qualquer outra coisa mais palpável e consequente, a comunicação.
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Notícias Magazine | Movimento “no wash”: não é sobre não lavar, é sobre reduzir
Em média, cada português gasta 190 litros de água por dia. Em casa de Joana Tadeu, constituída por uma família de dois adultos e uma criança, cada pessoa gasta cerca de 65 litros por dia. O segredo? “Não é nenhuma fórmula mágica”, diz-nos a ativista também conhecida pela alcunha “ambientalista imperfeita”, que utiliza as redes sociais para falar sobre a causa da sustentabilidade.
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Protetores solares: filtros químicos, minerais e a sinalética não regulada
Nenhum. A ciência não provou que a forma como utilizamos os filtros solares químicos é prejudicial para os corais ou os ecossistemas aquáticos nem consegue garantir que a troca por filtros minerais crie menos toxicidade ecológica.
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Vamos falar de sacos e do impacto destes no Planeta
Reciclados, compostáveis, reutilizáveis, quais os sacos mais sustentáveis? João Antunes, pergunta recebida por email Depende. Para uma avaliação do impacto de um saco consideramos três variáveis: a produção, o tempo de vida e do descarte.
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A realidade por detrás das lavagens de louça longas
Programas “ECO” nas máquinas de lavar: Tanto tempo! Quanta poupança? Frederica Alves, pergunta recebida por email Não faltam factos contraintuitivos na sustentabilidade: as inundações podem ser causadas por períodos de seca severa e prolongada, o plástico pode ser o melhor material para produzir alguns produtos, as pradarias marinhas capturam mais carbono da atmosfera do que as florestas terrestres, acesso a mais informação nem sempre faz as pessoas preocuparem-se mais com o futuro do Planeta.
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Recipientes de takeaway: recicláveis ou não?
Embalagens de comida takeaway com gordura: plástico, alumínio, papel… recicláveis ou não? Leonor Guerreiro, pergunta recebida por email Depois de “como acabamos com o sistema que destrói o Planeta e torna as pessoas miseráveis?” não há pergunta que surja mais vezes na minha caixa de mensagens. Insólito: as respostas a ambas são quase igualmente complexas.
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Não há filtros solares amigos do ambiente
Lidar com as alterações climáticas tornou-se uma indústria em expansão por si só. Ativar o gatilho da ecoansiedade criou uma fonte de lucro substancial em vários setores, incluindo o da saúde e o dos cosméticos. Há todo um segmento de mercado que vende filtros solares ecológicos, por oposição aos restantes, que seriam, portanto, tóxicos. No entanto, não está, de forma alguma, comprovado que o impacto que os filtros solares têm no ambiente ultrapasse as vantagens que a sua utilização tem para a saúde pública.