Crónicas

Nesta seção, reúnem-se as crónicas e artigos escritos pela ativista da justiça climática e autora do projeto “Ambientalista Imperfeita”, Joana Guerra Tadeu. Joana tem partilhado as suas perspetivas em várias publicações e locais de destaque. Aqui, poderá explorar uma coleção diversificada de crónicas que abrangem uma ampla gama de tópicos relacionados com o ambiente, sustentabilidade, justiça climática e muito mais.

Joana é conhecida pelo seu compromisso inabalável com um futuro mais sustentável e equitativo. As suas crónicas são uma fonte de inspiração e informação para todos aqueles que desejam compreender melhor as questões ambientais e as soluções que podemos implementar no nosso dia a dia.

Explore as crónicas abaixo e acompanhe as reflexões e ideias da Joana sobre as questões prementes que enfrentamos na era das mudanças climáticas.

Escolha uma crónica para começar a ler.

Crónicas

 

  • Quando o renovável não é sustentável
    Confiámos a solução da crise energética aos mesmos que a provocaram, entregámos os bens comuns às empresas responsáveis pela emergência climática e mantemo-las como gigantes e descaradas beneficiárias dos fundos públicos destinados à transição energética.
  • Wishcycling e outros mitos da reciclagem
    Depois de “eles juntam tudo no camião ” – mentira, há camiões com dois compartimentos que permitem recolher dois fluxos de resíduos aos mesmo tempo para poupar tempo, combustível e emissões – a insistência em lavar embalagens que vão ser lavadas assim que chegam à estação de tratamento de resíduos é a que me faz revirar mais os olhos. Além da lavagem ser desnecessária, Portugal está seriamente vulnerável à escassez de água, por isso, gastá-la a lavar lixo é pouco ético e pouco inteligente para a carteira.
  • Os primeiros passos para ajudar o Planeta
    A única forma de não se perder no medo de não se implementarem as soluções a tempo, na culpa pela sua própria pegada ambiental e na frustração com os líderes que continuam a não fazer o suficiente, é juntar-se a coletivos que, não só sirvam de rede de apoio, mas sobretudo que amplifiquem a sua voz e impacto, agindo coletivamente para influenciar agentes políticos e económicos: junte-se ao Climáximo para lutar por uma transição justa, ao GEOTA para contribuir para a reflorestação, à Sciena para cuidar do oceano ou à ASPEA para trabalhar em educação ambiental.
  • Tudo a todos
    Os esforços de mitigação e adaptação às alterações climáticas são classistas, machistas e racistas. Afirmo-o com segurança, apesar da falta de investigação jornalística e académica nesta área. É um facto que os riscos ambientais afetam desproporcionalmente os pobres, as mulheres e as comunidades marginalizadas.
  • A propaganda ardilosa por detrás da sustentabilidade
    O “verde” está na moda, o “consumo consciente” é uma tendência de mercado e a “sustentabilidade” está na ordem do dia. Ora, aqueles que mais beneficiam do sistema tal como ele é – as maiores empresas, os que nos governam, os mais ricos e poderosos -, por muito que reconheçam a necessidade urgente de uma transição ecológica, estão viciados no jogo que os colocou na mó de cima. E a jogada que lhes garante vitórias a curto-prazo é alterar, antes de qualquer outra coisa mais palpável e consequente, a comunicação.
  • Protetores solares: filtros químicos, minerais e a sinalética não regulada
    Nenhum. A ciência não provou que a forma como utilizamos os filtros solares químicos é prejudicial para os corais ou os ecossistemas aquáticos nem consegue garantir que a troca por filtros minerais crie menos toxicidade ecológica.
  • Quem tem medo de comunicar sustentabilidade?
    Confiámos a solução da crise energética aos mesmos que a provocaram, entregámos os bens comuns às empresas responsáveis pela emergência climática e mantemo-las como gigantes e descaradas beneficiárias dos fundos públicos destinados à transição energética.
  • Vamos falar de sacos e do impacto destes no Planeta
    Reciclados, compostáveis, reutilizáveis, quais os sacos mais sustentáveis? João Antunes, pergunta recebida por email Depende. Para uma avaliação do impacto de um saco consideramos três variáveis: a produção, o tempo de vida e do descarte.
  • A realidade por detrás das lavagens de louça longas
    Programas “ECO” nas máquinas de lavar: Tanto tempo! Quanta poupança? Frederica Alves, pergunta recebida por email Não faltam factos contraintuitivos na sustentabilidade: as inundações podem ser causadas por períodos de seca severa e prolongada, o plástico pode ser o melhor material para produzir alguns produtos, as pradarias marinhas capturam mais carbono da atmosfera do que as florestas terrestres, acesso a mais informação nem sempre faz as pessoas preocuparem-se mais com o futuro do Planeta.
  • Recipientes de takeaway: recicláveis ou não?
    Embalagens de comida takeaway com gordura: plástico, alumínio, papel… recicláveis ou não? Leonor Guerreiro, pergunta recebida por email Depois de “como acabamos com o sistema que destrói o Planeta e torna as pessoas miseráveis?” não há pergunta que surja mais vezes na minha caixa de mensagens. Insólito: as respostas a ambas são quase igualmente complexas.
  • Não há filtros solares amigos do ambiente
    Lidar com as alterações climáticas tornou-se uma indústria em expansão por si só. Ativar o gatilho da ecoansiedade criou uma fonte de lucro substancial em vários setores, incluindo o da saúde e o dos cosméticos. Há todo um segmento de mercado que vende filtros solares ecológicos, por oposição aos restantes, que seriam, portanto, tóxicos. No entanto, não está, de forma alguma, comprovado que o impacto que os filtros solares têm no ambiente ultrapasse as vantagens que a sua utilização tem para a saúde pública.
  • Não há energias verdes
    A União Europeia (UE) institucionalizou o greenwashing ao incluir o gás fóssil e a energia nuclear numa lista de investimentos supostamente sustentáveis.  Em junho de 2020, a UE desenvolveu um sistema de classificação de atividades económicas para identificar quais as que podem ser definidas como ambientalmente sustentáveis. Chamou-lhe “taxonomia verde” e, depois de o Parlamento Europeu ter aprovado, no passado dia 16 de julho, o mais recente Ato Delegado Complementar da Comissão Europeia sobre mitigação e adaptação às alterações climáticas, a lista inclui o gás fóssil e a energia nuclear como investimentos verdes.
  • Mais mimos, menos coisas. Crónica de uma mãe minimalista
    Ser minimalista não é, certamente, o remédio para as maiores dores da maternidade: a esmagadora realização de que nunca voltaremos a estar sozinhas no mundo, partilhá-los com o resto das duas famílias, impedir as constantes tentativas de suicídio involuntário, e aquela vozinha interior que questiona “de que forma estarei eu a arruinar esta criança?!”. Mas, acreditem, ser minimalista ajuda muito.

 

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Envia propostas de temas para ola@ambientalistaimperfeita.com

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